Ele corre, como eu corro. Como nós
saímos de casa. Como muitos outros berram com fachas e punhos na rua. Por
esperança. Nele cabe um país inteiro que, por comparação, não sabia que estava
mal até ela – a Europa, não a Diana – lhe cuspir que estava. Agora sacrifica-se
por ela. Sacrifica-se tudo. Para ele valerá a pena (...) E para nós, valerá a
pena?
Fina flor não pede uma jarra de vinho
branco para empurrar da goelinha civilizada uma empada de lombo de porco. Pede
um cházinho frio, de bule sem gola, ao empregado – “sempre tão prestável,
um amor de pessoa” – que às cinco horas a barriguita já pede um peso que as
bolachinhas recheadas não dão (...)
Que o Português é um bicho ingrato,
já se sabia, mas o recente rancor face ao bitoque é que ninguém percebe.
Tornou-se odioso ir ao cafezinho do Velho Diamantino (…) por uns euritos. Sete certinhos, que o Velho Diamantino não se atreveu a aumentar o preço da diária, apesar do aumento do IVA para 23%, para a clientela não fugir.A pouca que ainda lá vai. Agora, só os de sempre, os que já lá iam, nem que fosse apenas para dizer boa tarde.
É imperativo engordar o porco, a qualquer custo. Um mau suíno é aquele que não cumpre o seu desígnio. Encher o bandulho à larga, constituindo bem as carnes, para depois ser comido. Ponto final. Nasce bacorinho, fofinho, rosinha e meio parvo, finda chouriço, feijoada, costeleta ou aquilo que a patroa quiser fazer antes da novela.
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