Vamos
desburocratizar a função pública? Vamos! Vamos diminuir o custo das Lojas do
Cidadão. Vamos! Como?
Não
instalar estes espaços públicos em infra-estruturas com mensalidades astronómicas
e renegociar contratos de arrendamento e outsourcing
já estabelecidos são medidas que, de repente, me vêm à cabeça. Devo-me sentir envergonhado pela minha falta de visão? Possivelmente.
Segundo
o secretário de Estado Barreiras Duarte, uma medida que permitiria poupar 400
mil euros seria o “branding das
lojas do cidadão” – na mesma linha do que já se faz no metropolitano de Lisboa,
a PT Bluestation (estação do metro do Chiado). Uma coisa do género: Loja do
Cidadão Odivelas – Ailerons Figueiredo ou Loja do Cidadão Vimioso – Dildolândia
Sex Shop.
Por
mais ansioso que eu esteja para que, concomitantemente com a obtenção do meu Cartão de Cidadão, me seja
oferecido um cupão para um desconto em Móveis Vitorino, acho que “inovar”, tal
como disse o senhor secretário, não passa por aumentar a promiscuidade entre
público e privado.
Se
as Lojas do Cidadão de “1ª geração têm custos assinaláveis e ineficiências
injustificáveis” devem ser reformadas. Ou extinguem-se.
Se
entrarmos neste caminho perigoso - já que aumenta a subserviência do Estado
perante interesses privados - podemos acabar com miscelâneas como:
HUC-Continente, em que se oferece os primeiros dois dias de internamento em
cupão, ou Escola Secundária de Trouxemir – Galp, onde, na compra de 25 litros de
gasóleo, reúne pontos que revertem para as notas do mais pequeno. Não
acumulável com outras promoções.
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