Há que adorar palavras simples. Concisas. Como imbecil. Insulto apropriado para aqueles que, não sendo fracos de espírito, manifestam imbecilidade numa determinada acção. São palavras inteligíveis como a anterior que, quando ouvidas no momento certo, permitem corrigir esta ou aquela imbecilidade. O problema não é quando são usadas como insulto, até podem ter um objectivo construtivo, a agrura é quando, para a descrição completa de um indivíduo [instituição ou país], palavras como esta, imbecil, têm obrigatoriamente de figurar. O problema é quando a imbecilidade é um traço de personalidade. O grave é quando é uma característica do próprio. Ora vejamos.
Num acordo para vender um banco por 40 milhões de euros, depois de injectar 600 milhões para reforçar o capital e ceder apoios á tesouraria de 700 milhões, para além de muitas outras leviandades, é avalizado um empréstimo de 300 milhões a custo zero. A custo zero. A imbecilidade seria tanta que a Comissão Europeia chumbou o acordo. Decerto por pena. Pesar pela incapacidade patológica dos incapazes que se arrastam na capital. Para evitar criar precedentes perigosos ou por aquele sentimento constrangedor, incomodativo e fininho de ‘vergonha alheia’ que nos toca quando o magnetismo da imbecilidade do vizinho é de tal grandeza que nos vemos na obrigação de intervir.
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